Essas inadequações prejudicam a qualidade de vida dos moradores, sendo consideradas inadequações a carência de infraestrutura urbana, carências edilícias e a inadequação fundiária urbana. A Região Norte do Brasil é a que concentra a maior quantidade de domicílios com inadequação de infraestrutura urbana, seguida pela região Nordeste. Já a Região Sudeste se destaca nas inadequações edilícias e fundiárias.
Um ponto alarmante é que mais de 60% dos domicílios com inadequações são chefiados por mulheres e mais de 53% têm responsável que se declara não branco. Isso reflete a desigualdade social presente na questão habitacional brasileira, afetando principalmente grupos historicamente marginalizados, como mulheres negras de baixa renda.
Os impactos de viver em um domicílio inadequado são variados, podendo aumentar a propensão a doenças devido à falta de esgotamento sanitário, por exemplo. Além disso, mulheres e crianças ficam em situações de vulnerabilidade quando não possuem um banheiro exclusivo.
É fundamental que a moradia se torne um direito de todos os cidadãos, pois é a porta de entrada para outros direitos básicos, como saúde, educação e segurança. A falta de políticas públicas adequadas nesse sentido é um problema grave no país, que precisa ser enfrentado para reduzir a desigualdade e proporcionar uma melhor qualidade de vida para a população.