Senador destaca grave violação à liberdade de expressão no Brasil em audiência nos EUA e critica ação do governo federal.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez um pronunciamento impactante nesta quarta-feira (8) ao revelar sua participação em uma audiência realizada na terça-feira (7) na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos. A reunião foi motivada por um extenso relatório, com quase 500 páginas, elaborado pela Comissão de Assuntos Judiciários da própria Câmara norte-americana, que denunciava graves violações à liberdade de expressão no Brasil.

Durante a audiência, foram ouvidos depoimentos importantes, como o do jornalista Michael Shellenberger, que é americano e também vem sofrendo perseguição no Brasil, e do CEO da plataforma Rumble, Chris Pavlovski, que relatou a proibição quase total da plataforma no país. Além disso, houve o comovente testemunho do jornalista brasileiro exilado nos Estados Unidos, Paulo Figueiredo. Esses relatos conduziram o comitê a acionar a OEA (Organização dos Estados Americanos) em busca de esclarecimentos sobre os graves episódios que vêm abalando a democracia brasileira.

Girão não poupou críticas ao governo federal, acusando a Secretaria de Comunicação e o Ministério da Justiça de agirem para silenciar cidadãos que denunciam as falhas no socorro às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo o senador, o governo solicitou à Polícia Federal que investigue imediatamente aqueles que divulgam a ineficiência do Executivo.

Uma das denúncias trazidas à tona mostrava caminhões transportando produtos sendo multados em postos da Polícia Rodoviária Federal por questões meramente burocráticas, em meio a uma situação de calamidade. Tal incoerência foi destacada por Girão, que apontou a importância da liberdade de expressão nas redes sociais para denunciar tais abusos.

Em suma, as revelações feitas pelo senador durante sua fala demonstram a gravidade das situações enfrentadas atualmente no Brasil em relação à liberdade de expressão e à perseguição de indivíduos que simplesmente exercem seu direito democrático de se manifestar. Este cenário acende um alerta sobre a fragilidade da democracia no país e a necessidade urgente de resguardar esse princípio fundamental.

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