STF valida Lei das Estatais com placar de 5 votos a 2 e mantém restrições a indicações políticas para empresas públicas

O Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão importante nesta quarta-feira (8), ao alcançar o placar de 5 votos a 2 a favor da validação da constitucionalidade da Lei das Estatais. Essa norma, aprovada em 2016, tem como principal objetivo proibir indicações de políticos para cargos na diretoria de empresas estatais.

Apesar da formação do placar, ainda não há maioria de votos para declarar a constitucionalidade da lei. O julgamento será retomado na sessão desta quinta-feira (9), quando a Corte decidirá se referenda a liminar concedida em março do ano passado pelo ex-ministro Ricardo Lewandowski.

Antes de se aposentar, Lewandowski atendeu ao pedido de liminar do PCdoB e suspendeu parte da norma que impedia ministros de Estado e secretários estaduais e municipais de ocuparem cargos nas diretorias e nos conselhos de administração de estatais. A liminar também suspendeu o período de quarentena de 36 meses para ingresso nessas empresas públicas.

Caso a maioria dos ministros conclua pela validade da lei, as restrições para indicações políticas em estatais serão retomadas. Além disso, políticos que foram nomeados durante a vigência da liminar de Lewandowski, que flexibilizou a norma, poderão permanecer em seus cargos até a decisão final.

Durante a sessão, o ministro Flavio Dino fez críticas à “demonização da política” como forma de barrar indicações políticas em estatais e seguiu o entendimento de Lewandowski. Já o ministro Alexandre de Moraes votou a favor da validade da lei, argumentando que a norma busca manter princípios e regras de gestão e fiscalização adotados internacionalmente.

O entendimento de Moraes foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, André Mendonça, Nunes Marques e Luís Roberto Barroso. Com a decisão final ainda pendente, é esperado que o julgamento seja concluído na sessão desta quinta-feira, trazendo mais clareza sobre a constitucionalidade da Lei das Estatais.

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