No acumulado dos quatro primeiros meses de 2024, a balança comercial brasileira apresenta um superávit de US$ 27,736 bilhões, o maior resultado para esse período desde o início da série histórica em 1989, o que representa um aumento de 17,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
As exportações apresentaram um crescimento mais significativo do que as importações no mês de abril. Enquanto o Brasil vendeu US$ 30,92 bilhões para o exterior, o que representa um aumento de 5,7% em comparação com o mesmo mês de 2023, as importações totalizaram US$ 21,879 bilhões, registrando um aumento de 2,2%. O aumento no volume de petróleo, açúcar e combustíveis impulsionou as exportações, compensando a queda na exportação de soja e veículos automotores.
Em relação às importações, o recuo nas aquisições de fertilizantes e derivados e de compostos químicos foi o principal responsável por conter o aumento nas compras externas. A guerra entre Rússia e Ucrânia impactou negativamente nas commodities, que já vinham registrando reduções nos preços desde 2023.
Os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul só serão perceptíveis na balança comercial a partir de maio. O estado representa 6,6% do total das exportações brasileiras, sendo a soja o produto mais exportado, com 18% do total vendido ao exterior.
O governo reduziu a projeção de superávit comercial para este ano, passando de US$ 94,4 bilhões para US$ 73,5 bilhões. As previsões indicam que as exportações terão uma queda de 2,1%, enquanto as importações devem aumentar em 7,6%. Essas projeções são mais pessimistas do que as do mercado financeiro, que projeta um superávit de US$ 79,75 bilhões para este ano.