Os resultados da pesquisa mostram que a maioria esmagadora dos entrevistados (64%) acredita que as enchentes estão completamente ligadas às mudanças climáticas, enquanto 30% consideram que essa relação existe em parte, 5% acreditam que existe um pouco de ligação e apenas 1% dos entrevistados afirmaram não ver nenhuma ligação.
Além disso, a pesquisa buscou avaliar o nível de responsabilidade das autoridades na percepção dos entrevistados. Os dados revelaram que, para 68% dos entrevistados, o governo do Rio Grande do Sul tem muita responsabilidade na tragédia, enquanto 20% acreditam em pouca responsabilidade e 12% não atribuem qualquer responsabilidade ao governo estadual.
Quanto às prefeituras, 64% dos entrevistados apontaram alto nível de responsabilidade, com 20% considerando que as administrações municipais têm pouca responsabilidade e 16% afirmando que não há responsabilidade desses órgãos.
Já em relação ao Governo Federal, 59% dos entrevistados apontaram uma grande responsabilidade, enquanto 24% consideraram que a responsabilidade é menor e 17% não atribuíram nenhuma responsabilidade ao governo federal.
A pesquisa também avaliou a atuação das autoridades no enfrentamento à tragédia. Os entrevistados destacaram a Prefeitura de Porto Alegre como a melhor avaliada, com 59% de avaliação positiva, seguida pelo Governo do Rio Grande do Sul, com 54%. Já o Governo Federal teve uma avaliação positiva de 53%.
A tragédia climática no Rio Grande do Sul já deixou ao menos 107 mortos e 136 desaparecidos, com cerca de 165 mil desalojados e 67 mil pessoas em abrigos públicos. A população de 425 dos 497 municípios gaúchos foi afetada pelos temporais.
Diante desse cenário, a atuação das autoridades se torna crucial para o enfrentamento e mitigação dos impactos causados pelas enchentes e mudanças climáticas no estado. A pesquisa realizada pelo instituto Quaest revela a percepção da população em relação a essas questões e aponta para a importância de ações efetivas por parte dos governantes no enfrentamento desses desafios.