Niède, de 91 anos, já recebeu diversas honrarias ao longo de sua carreira, como a Ordem do Mérito Científico, Grã-Cruz, do MCTI, o Green Prize da organização ecológica Paliber, o Prêmio Príncipe Klaus do governo holandês, entre outros. Seu trabalho incansável contribuiu para a identificação de mais de 700 sítios pré-históricos, incluindo 426 paredes com pinturas antigas e vestígios de moradias humanas na região da Serra de Capivara, no Piauí.
Essas descobertas foram fundamentais para a criação do Parque Nacional da Serra da Capivara, reconhecido como patrimônio mundial pela Unesco, devido à sua rica biodiversidade e pinturas rupestres. Mesmo sem comparecer à cerimônia no Rio de Janeiro, Niède destacou a importância do seu trabalho no parque e expressou a esperança de que as pesquisas arqueológicas na região continuem a desvendar os mistérios da Serra da Capivara.
A importância do legado deixado por Niède Guidon na arqueologia brasileira é inegável. Sua dedicação incansável e sua paixão pela ciência servem de inspiração para as gerações futuras de pesquisadores. O reconhecimento através do Prêmio Almirante Álvaro Alberto 2024 apenas reforça a importância do seu trabalho e legado para o Brasil e para o mundo da arqueologia.
Assim, o Brasil homenageia e reconhece o talento e a dedicação de uma das suas maiores arqueólogas, que com seu trabalho incansável, traz à luz a rica história da pré-história brasileira. Niède Guidon é um exemplo de como a paixão pela ciência pode transformar o nosso entendimento do passado e impulsionar o desenvolvimento da arqueologia em nosso país.