Ataque com coquetel molotov em Buenos Aires deixa duas lésbicas mortas em crime de ódio contra comunidade LGBT.

Na noite de quarta-feira, Buenos Aires foi palco de uma emocionante vigília improvisada em memória das duas mulheres lésbicas que perderam suas vidas de maneira trágica. Cerca de cem pessoas se reuniram em silêncio em frente à pensão onde as vítimas moravam e acenderam velas, em um gesto de solidariedade e protesto contra o crime de ódio que chocou a comunidade LGBT.

O crime ocorreu na madrugada de segunda-feira, quando um homem atirou um coquetel molotov no quarto onde as quatro lésbicas residiam, causando um incêndio que resultou na morte de duas delas e ferimentos graves nas outras duas. O agressor, que também se feriu no ataque, foi preso e encontra-se hospitalizado.

María Rachid, representante da Federação LGBT Argentina, confirmou que uma das mulheres faleceu na terça-feira e a segunda veio a óbito na quarta-feira, devido às queimaduras sofridas. A tragédia despertou a indignação e a comoção da comunidade, que se uniu para homenagear as vítimas e pedir justiça.

Valeria Bettini, presente na vigília, expressou sua preocupação com a ascensão de discursos de ódio desde a posse do novo governo. Ela destacou a falta de proteção e o aumento da discriminação contra a comunidade homossexual nos últimos tempos.

Os manifestantes levaram cartazes com mensagens contra os crimes de ódio e pediram por medidas efetivas para combater a violência baseada em orientação sexual. Ainda abalada, Roxana Rega, uma artesã local, compartilhou seu medo e insegurança após o trágico acontecimento, ressaltando a necessidade de garantir a segurança e os direitos básicos de todos.

A tragédia repercutiu nacionalmente, com críticas direcionadas ao governo por promover discursos de ódio e negligenciar a proteção de minorias. O fechamento de instituições e a proibição da linguagem inclusiva foram alvo de críticas, evidenciando uma postura controversa em relação às questões de gênero e diversidade.

Em meio à comoção e à revolta, a vigília em Buenos Aires serviu como um momento de reflexão e união, reforçando a luta por igualdade e respeito às diferenças. A comunidade LGBT e seus aliados prometem permanecer firmes na cobrança por justiça e garantia de direitos fundamentais, em memória das vítimas do trágico ataque em Buenos Aires.

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