Ceasa do RS é transferida para estacionamento em Gravataí após enchentes: comércio de alimentos é improvisado para garantir abastecimento.

A cidade de Gravataí, no Rio Grande do Sul, tem sido palco de uma situação emergencial de abastecimento de alimentos devido às fortes chuvas que atingiram o estado desde o fim de abril. Com a Central de Abastecimento (Ceasa) de Porto Alegre inundada, a solução temporária encontrada foi transferir as atividades para um estacionamento próximo à via expressa, no tranquilo bairro de Santa Fé.

Neste novo local improvisado, caminhões se aglomeram para descarregar os alimentos e evitar o desabastecimento da região. A área é bem menor do que a original, o que tem exigido criatividade e boa vontade por parte dos comerciantes. A produtora Jaqueline, por exemplo, não se abalou com as adversidades e conseguiu vender um terço de sua carga em apenas duas horas.

Com banquinhos, caixas e um escritório improvisado debaixo de um caminhão, os feirantes se esforçam para manter o abastecimento da região. Porém, as consequências das chuvas no estado vão muito além disso. A restauração da infraestrutura pública afetada pelas chuvas deve custar pelo menos R$ 19 bilhões, de acordo com técnicos do governo.

A Defesa Civil estadual já contabilizou mais de 100 mortes e 136 desaparecidos em decorrência dos efeitos adversos das chuvas, como inundações, deslizamentos e alagamentos. Mais de 1,47 milhão de pessoas foram afetadas em 425 municípios atingidos.

A situação de emergência na Ceasa de Gravataí é um retrato das sérias consequências das chuvas no Rio Grande do Sul, mostrando a importância de medidas rápidas e eficazes para lidar com os impactos causados pela natureza.

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