Divergências marcam debate sobre impacto da liberalização de jogos de azar no turismo em audiência pública na CCJ.

Na tarde desta quinta-feira (9), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal promoveu uma audiência pública para discutir o impacto da liberalização de jogos de azar no turismo. Durante o debate, houve divergências entre os participantes em relação aos possíveis efeitos positivos e negativos da legalização de cassinos, bingos e do jogo do bicho no Brasil.

O senador Marcos Rogério (PL-RO) presidiu a audiência, que foi solicitada pelos senadores Carlos Viana (Podemos-MG) e Eduardo Girão (Novo-CE) para discutir o Projeto de Lei (PL) 2.234/2022, de autoria da Câmara dos Deputados e relatado pelo senador Irajá (PSD-TO). Este projeto propõe a autorização para o funcionamento de cassinos e bingos, além da legalização do jogo do bicho e das apostas em corridas de cavalos.

Durante a audiência, o secretário nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimentos do Ministério do Turismo, Carlos Henrique Sobral, defendeu a importância dos cassinos para impulsionar o turismo no Brasil. Segundo ele, o país enfrenta uma estagnação no número de visitantes internacionais, com cerca de 6 milhões por ano, e a liberação dos jogos de azar poderia aquecer o setor.

Por outro lado, o vice-presidente da Operação de Cassinos do Hard Rock Internacional, Alex Pariente, destacou a relevância dos brasileiros que viajam para Las Vegas, nos Estados Unidos, para jogar em cassinos. Para ele, esses turistas poderiam estar contribuindo para a economia nacional, caso os jogos de azar fossem legalizados no Brasil.

No entanto, houve questionamentos por parte de alguns senadores, como Jorge Seif (PL-SC) e Eduardo Girão, que levantaram preocupações sobre a atração de turistas estrangeiros e os impactos negativos na segurança pública, como o aumento da criminalidade e do tráfico de drogas.

Por fim, a audiência contou com a participação de representantes de entidades ligadas ao turismo e à fiscalização, que também apresentaram seus argumentos a favor e contra a legalização dos jogos de azar no país. O debate evidenciou a complexidade e a controvérsia do tema, que ainda promete gerar muitas discussões e análises antes de uma possível decisão legislativa.

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