Um dos exemplos mais dramáticos desse cenário é o desastre climático que atingiu o Rio Grande do Sul, resultando em mais de 100 mortos e causando devastação econômica em um estado agrícola. As autoridades estimam que a recuperação total desse desastre pode levar meses ou até anos, indicando a necessidade de um plano abrangente de reconstrução.
Além disso, dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais revelam que o Brasil registrou um recorde de 1.161 desastres naturais no ano passado, uma média de mais de três por dia. Esses eventos extremos são influenciados por diversos fatores, como a geografia do país, com regiões propensas a inundações e secas.
José Marengo, coordenador de pesquisa do Cemaden, alerta que o aquecimento global está contribuindo para o aumento da frequência e intensidade dos eventos extremos, tornando-os ainda mais catastróficos. Já Marcio Astrini, do Observatório do Clima, destaca a urgência de um plano de resposta antecipada para áreas vulneráveis do Brasil.
Os incêndios florestais também são uma preocupação crescente, com mais de 17 mil ocorrências registradas no início deste ano, mais da metade na região amazônica. A redução das florestas devido ao desmatamento agrava ainda mais a capacidade de absorção de gases de efeito estufa, intensificando o aquecimento global.
Diante desse quadro alarmante, especialistas como Marengo e Astrini enfatizam a necessidade de os governos e a população levarem a sério os alertas climáticos, adotando medidas de prevenção e mitigação dos desastres. A implementação de políticas de adaptação e ações de preservação ambiental são fundamentais para evitar novas tragédias e proteger o país das mudanças climáticas cada vez mais impactantes e frequentes.
