Joe Biden suspende envio de bombas para Israel, adiando ataque à cidade de Rafah e gerando controvérsia nos EUA.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tomou uma decisão drástica ao suspender o envio de bombas para Israel que seriam utilizadas no ataque à cidade de Rafah. Com autoridades do governo americano retendo 1.800 bombas de 907kg e 1.700 bombas de 226kg, a administração está revisando a possibilidade de bloquear futuras transferências de armas para o país do Oriente Médio.

Os Estados Unidos são o principal fornecedor de armas para Israel e intensificaram as entregas após os ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro. A rapidez no fornecimento de armas já comprometidas por contratos anteriores foi destacada por Bradley Bowman, especialista militar da Foundation for Defense of Democracies em Washington, que ressaltou que o fluxo extraordinário de armas foi iniciado quase que imediatamente após os ataques.

A ajuda militar americana enviada para Israel inclui munições de precisão guiada, munições de artilharia, suprimentos médicos e outros equipamentos críticos, totalizando bilhões de dólares em assistência desde 7 de outubro. No entanto, a falta de transparência sobre as vendas de armas tem sido alvo de críticas, já que o Departamento de Defesa divulgou apenas dois comunicados de imprensa sobre as aprovações de vendas militares de emergência para Israel.

Dentre os equipamentos enviados para Israel, destacam-se os kits para converter bombas não guiadas em munições guiadas por GPS, como um pacote de US$ 320 milhões aprovado em outubro. Além disso, os Estados Unidos têm disponibilizado sistemas de defesa aérea, mísseis, lançadores de foguetes e até mesmo alugado baterias antimísseis Domo de Ferro, fabricadas em Israel, às Forças Armadas israelenses.

A ajuda militar a Israel é financiada por um acordo de 2016 no valor de US$ 38 bilhões ao longo de 10 anos, além de um pacote adicional de cerca de US$ 15 bilhões aprovado por Biden recentemente. Desde a fundação de Israel em 1948, a assistência militar dos EUA ao país já totaliza US$ 216 bilhões, evidenciando a longa e contínua parceria entre as duas nações.

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