Julgamento do TSE pode cassar mandato de Sérgio Moro por gastos irregulares na pré-campanha à Presidência da República

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá um importante julgamento nos próximos dias, marcado para as sessões dos dias 16 e 21 deste mês. O foco será nos recursos que pedem a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato. A decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, que rejeitou a cassação do parlamentar no mês passado, será avaliada.

O senador foi acusado pelos partidos PL e PT de realizar gastos irregulares durante o período de pré-campanha. Contudo, a decisão dos desembargadores paranaenses, por 5 votos a 2, absolveu Moro das acusações. As acusações apontavam para uma possível “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador, devido aos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar o Podemos e se candidatar ao Senado pelo partido União Brasil.

Os valores dos supostos gastos irregulares chamaram a atenção: aproximadamente R$ 2 milhões oriundos do Fundo Partidário para eventos de filiação de Moro ao Podemos e produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais. O PL alegou possíveis gastos irregulares de R$ 7 milhões, enquanto o PT apontou R$ 21 milhões em irregularidades.

Em sua defesa, os advogados de Moro negaram as acusações de irregularidades na pré-campanha e defendem a manutenção do mandato. De acordo com o advogado Gustavo Guedes, Moro não conquistou a eleição no Paraná devido a uma suposta pré-campanha “mais robusta”, como alegam os partidos PL e PT.

O julgamento no TSE promete ser decisivo e gerar repercussão nos meios políticos do país, pois pode definir o futuro político de Sergio Moro e trazer novos desdobramentos para o cenário eleitoral. Todos aguardam ansiosamente pelo desfecho desse caso que envolve um dos personagens mais polêmicos da política nacional.

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