Número de adolescentes baleados triplica em abril no Grande Recife, revela relatório do Instituto Fogo Cruzado

No mês de abril, a região metropolitana do Recife viveu um aumento alarmante no número de adolescentes vítimas da violência armada, conforme relatório mensal do Instituto Fogo Cruzado. De acordo com os dados apresentados, houve um triplo aumento no número de jovens entre 12 e 17 anos baleados, totalizando 15 casos, sendo 10 fatalidades e cinco feridos. Em comparação com o mesmo período de 2023, quando cinco adolescentes foram alvejados e vieram a óbito, a situação se torna ainda mais preocupante.

O relatório também apontou que, no geral, abril foi marcado por um aumento no número de corpos encontrados com marcas de tiros em vias públicas, com nove civis nessa situação. Ana Maria Franca, coordenadora do Instituto Fogo Cruzado em Pernambuco, chamou atenção para a urgência de estratégias eficazes para proteger a vida dos adolescentes pernambucanos diante desse cenário crítico de violência.

Além disso, os dados evidenciaram um quadro geral de violência armada na região metropolitana do Recife, onde houve um total de 200 tiroteios em abril, resultando em 146 mortes e 85 feridos. O aumento nos índices de violência demonstra a necessidade de medidas efetivas por parte das autoridades.

Os municípios mais afetados pela violência armada foram Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Cabo de Santo Agostinho e Camaragibe, com números expressivos de tiroteios, mortes e feridos. Os bairros mais impactados incluíram Várzea, Cajueiro Seco, Prazeres e Santo Aleixo, com altos índices de violência.

Entre as vítimas, predominaram homens, sendo 138 dos 146 mortos e 73 dos 85 feridos do sexo masculino. A maioria das vítimas fatais era negra. O relatório também destacou casos de bala perdida, homicídios múltiplos e pessoas baleadas em diferentes cenários, como dentro de automóveis e casas.

No acumulado do ano, os índices de violência armada na região metropolitana do Recife apresentaram um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2023. Com base nos dados do Instituto Fogo Cruzado, torna-se imprescindível adotar medidas preventivas e ampliar a segurança pública para combater a escalada da violência armada na região.

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