A denúncia aponta os irmãos Brazão, Domingos Brasão (conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro) e Chiquinho Brazão (deputado federal), como mandantes do assassinato, acusando-os de homicídio e organização criminosa. Durante as investigações, o ex-policial Ronnie Lessa firmou um acordo de delação premiada e confessou ter cometido os assassinatos.
Segundo a PGR, Marielle Franco se tornou um símbolo da resistência aos interesses econômicos dos irmãos Brazão devido ao seu trabalho em favor da regularização de terras para pessoas de baixa renda. A vereadora, que foi atingida com quatro disparos na cabeça, e Anderson Gomes, atingido por três tiros nas costas, foram mortos em uma emboscada planejada para dificultar a defesa.
Além dos irmãos Brazão, outros envolvidos foram apontados na denúncia, como Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que deu orientações para a execução dos disparos. Também foram denunciados Ronald Paulo de Alves Pereira, conhecido como Major Ronald, e Robson Calixto Fonseca, militar e assessor de Domingos Brazão.
Os acusados também responderão pela tentativa de assassinato de Fernanda Chaves, então assessora de Marielle, que estava no carro no momento do crime e conseguiu sobreviver. As defesas dos acusados afirmam que ainda não tiveram acesso aos detalhes da denúncia e das delações, e que pretendem se manifestar assim que as informações forem disponibilizadas.
A investigação continua em curso, com o objetivo de esclarecer todos os detalhes desse crime que chocou o país. Novas informações podem surgir à medida que o caso avança no judiciário.