Retomada do projeto de construção da Usina Nuclear Angra 3 sinalizada para o segundo semestre deste ano em Angra dos Reis, RJ.

No segundo semestre deste ano, a retomada do projeto de construção da Usina Nuclear Angra 3, localizada em Angra dos Reis, na região da Costa Verde do Rio de Janeiro, será um marco importante para a energia nuclear no Brasil. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, revelou os planos para os próximos meses, que incluem a entrega de um estudo independente pelo BNDES em julho, abrindo caminho para a retomada das obras.

A consulta pública iniciada em março teve como objetivo ajustar a minuta do edital de licitação e do contrato de serviços, buscando críticas construtivas para aprimorar o processo. Após a validação pela EPE e encaminhamento ao TCU e CNPE, a expectativa é que até setembro de 2024 a modelagem e tarifa sejam aprovadas, permitindo a realização da licitação até o primeiro semestre de 2025 e a retomada das obras no segundo semestre deste ano. A previsão é que Angra 3 esteja pronta e operando até 2030.

Em relação aos investimentos necessários, Lycurgo enfatizou que os detalhes orçamentários são de responsabilidade do BNDES, e que qualquer número mencionado antes da conclusão dos estudos seria especulativo. O ex-presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court, havia informado que aproximadamente R$ 7,8 bilhões já foram investidos em Angra 3, com a necessidade de mais R$ 20 bilhões para sua conclusão até 2029.

O presidente da Eletronuclear ressaltou a importância de focar na conclusão de Angra 3 antes de discutir a construção de novas usinas nucleares no país. Ele destacou que a paralisação da obra acarreta em custos adicionais, como a manutenção de equipamentos e de pessoal contratado para o projeto. Lycurgo defende que é fundamental finalizar Angra 3 para evitar prejuízos e garantir a eficiência do empreendimento.

Portanto, a retomada do projeto de Angra 3 representa um passo significativo no desenvolvimento da energia nuclear no Brasil, com a perspectiva de contribuir para a geração de empregos e renda, além de garantir maior segurança e autonomia energética para o país. Acompanharemos de perto os desdobramentos desse projeto crucial para o setor energético nacional.

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