A Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) divulgou nesta terça-feira uma série de recomendações para ajudar a população a minimizar esses riscos de adoecimento durante esse momento desafiador. As orientações são embasadas em evidências científicas e na prática de especialistas que atendem em prontos-socorros e pronto atendimentos, entre outros serviços.
A presidente da Abramede, Camila Lunardi, destaca que tragédias como essas têm impactos significativos na saúde da população e na infraestrutura dos serviços de saúde. Doenças como leptospirose, hepatite A, tétano acidental, problemas respiratórios e doenças transmitidas por vetores podem surgir ou aumentar sua incidência nesse contexto.
A desinfecção da água para consumo humano é apontada como uma das medidas mais importantes para evitar a disseminação de doenças infectocontagiosas durante as enchentes. Além disso, é essencial que a população procure consumir água de fontes seguras em locais onde a rede de abastecimento está comprometida.
Com relação à infraestrutura de atendimento de emergência, a preocupação da Abramede é garantir condições adequadas de funcionamento para as unidades de saúde. A presidente da associação ressaltou a importância de proporcionar suporte pleno aos serviços de atenção básica e de emergência para garantir que os profissionais de saúde possam atuar de maneira eficaz.
Diante do cenário de desastre, o Ministério da Saúde destinou recursos financeiros e profissionais da Força Nacional do SUS para auxiliar o Rio Grande do Sul e os municípios afetados pelas inundações. Além disso, foram enviados kits de emergência com medicamentos e insumos suficientes para atender à população por um mês.
Com a situação ainda crítica em várias regiões do estado, é fundamental que a população siga as recomendações das autoridades sanitárias e da Defesa Civil para evitar iniciativas individuais que possam agravar a situação. A solidariedade e a cooperação serão essenciais para superar esse momento delicado no Rio Grande do Sul.