Segunda greve geral na Argentina enfrenta Milei em meio a protestos contra ajuste fiscal radical.

O presidente da Argentina, Javier Milei, está enfrentando nesta quinta-feira a segunda greve geral convocada pelas classes trabalhadoras contra o ajuste fiscal radical promovido por seu governo. A paralisação está afetando serviços de transporte terrestre, marítimo e aéreo, assim como instituições educacionais, financeiras e empresas em todo o país.

A greve geral de 24 horas foi convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) e não prevê mobilização nas ruas, contando com o apoio dos trabalhadores do Estado, da saúde, do turismo, entre outros setores. A convocação da CGT acusa o governo ultraliberal de Milei de não ter diálogo social e implementar um ajuste brutal que afeta especialmente os setores de baixa renda, classes médias assalariadas, aposentados e pensionistas.

A Argentina enfrenta uma forte recessão econômica, com uma inflação próxima de 290% na comparação anual. O governo de Milei conseguiu obter o primeiro superávit fiscal desde 2008 no primeiro trimestre, após um ajuste fiscal que resultou no fechamento de órgãos do Estado, demissões em massa, eliminação de subsídios e aumento das taxas de serviço público, provocando insatisfação popular.

A greve foi convocada após uma paralisação geral de 12 horas em janeiro, e desde então, protestos contra o ajuste do governo têm ocorrido quase diariamente. O maior protesto foi em abril, quando centenas de milhares de pessoas marcharam em defesa da universidade pública.

Portos estão paralisados e a greve afetará milhões de pessoas. Voos foram cancelados e a produção agroindustrial do país corre riscos, uma vez que os sindicatos dos trabalhadores portuários disseram que “tudo vai parar”.

Apesar de uma ligeira queda na popularidade em abril, Milei ainda conta com apoio sólido. O governo considera a greve como uma resposta a interesses políticos, enquanto sindicatos e manifestantes alegam que a medida é necessária para combater um ajuste fiscal que prejudica os trabalhadores.

Em meio a essa crise política e econômica, a Argentina enfrenta desafios significativos para retomar o crescimento e garantir o bem-estar de sua população. A situação exige diálogo e um plano eficaz para superar os obstáculos que o país enfrenta atualmente.

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