De acordo com a nota divulgada pela fabricante, durante o controle de qualidade, foram detectados lotes que apresentavam a possibilidade de alteração em seu odor tradicional, que pode ser percebida pelo olfato em alguns casos. A empresa notificou a Anvisa sobre esse problema e iniciou o processo de recolhimento voluntário dos produtos há mais de um mês.
A Anvisa, ao determinar a suspensão dos lotes, confirmou ter sido informada sobre o “desvio” encontrado durante a análise de monitoramento da produção. A suspeita de risco de contaminação microbiológica é mencionada no comunicado da agência reguladora.
O consultor em microbiologia e infectologia do Grupo Fleury, Matias Chiarastelli Salomão, explicou que a contaminação microbiológica se refere à possibilidade de os produtos estarem contaminados por microrganismos, geralmente bactérias. No entanto, não foi confirmada a presença de nenhum agente contaminante, e a empresa assegurou que não há riscos para a saúde ou segurança do consumidor.
Ele destacou a importância do armazenamento adequado dos produtos de limpeza, pois as bactérias podem se proliferar em meios líquidos. No caso da indústria, é fundamental investigar as possíveis causas da contaminação e realizar o recolhimento dos lotes afetados assim que o problema é identificado.
A Anvisa divulgou que os lotes de detergentes Ypê fabricados nos meses de julho, agosto, setembro, novembro e dezembro de 2022 e que terminam com os números “1” ou “3” estão suspensos e não devem ser utilizados. A Química Amparo reforçou que apenas os lotes específicos apontados na determinação da Anvisa tiveram a comercialização proibida, não havendo restrições para os demais disponíveis no mercado.
