Mercadante destacou a importância do Brasil se preparar para as novas diretrizes estipuladas pela ONU, e afirmou que o BNDES tem se empenhado em estudar e lidar com essa questão de forma proativa. Ele enfatizou que a navegação marítima é uma das maiores preocupações, uma vez que a maior parte do transporte de mercadorias é realizado por navios. O presidente do BNDES alertou que embarcações que não adotarem combustíveis mais sustentáveis poderão ser multadas, o que poderia impactar a competitividade do país no comércio internacional.
Uma das iniciativas que o Brasil tem à disposição para impulsionar essa transição energética é o Fundo da Marinha Mercante, que visa promover o desenvolvimento da marinha mercante e da indústria naval nacional. Mercadante explicou que o BNDES é responsável por 75% da gestão desse fundo e destacou que estão em processo de contratação R$6,6 bilhões para investimentos em diversas embarcações, como balsas, rebocadores e empurradores.
Além disso, o presidente do BNDES mencionou planos para fomentar a produção e utilização de etanol e metanol como alternativas viáveis para adaptação dos navios no curto prazo. Ele ressaltou a importância do Brasil, que é o segundo maior produtor mundial de etanol, ampliar sua produção para atender à demanda por combustíveis mais sustentáveis.
No que diz respeito ao setor de aviação, Mercadante afirmou que o BNDES está estudando formas de apoiar as empresas aéreas, que enfrentam desafios decorrentes da pandemia de covid-19. Ele mencionou a possibilidade de utilizar o Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC) como uma garantia para oferecer crédito às companhias aéreas e ajudá-las a superar os prejuízos causados pelo período de paralisação das atividades.
Em suma, o BNDES está atento às demandas e desafios impostos pelas mudanças nos combustíveis para a navegação e aviação, buscando soluções que contribuam para a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento econômico do país.