Centenas de pessoas se juntaram à marcha, empunhando bandeiras da Rússia e de Cuba, além de fotos de seus familiares que lutaram na Segunda Guerra Mundial. Um dos presentes, Ramón Álvarez, médico cubano e filho de um russo, compartilhou a emoção de carregar a foto de seu tataravô, um herói de guerra, ao lado de sua filha pequena. Para ele, é fundamental preservar a história e aprender com as lições do passado.
Essa manifestação ganha ainda mais destaque pelo contexto político recente. O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, expressou seu apoio à Rússia em meio aos conflitos na Ucrânia, durante sua visita a Moscou acompanhando o presidente russo Vladimir Putin no desfile da vitória soviética. Suas declarações foram criticadas pela Frente Democrática de Concertação, que condenou veementemente a postura do presidente cubano.
O retorno de Díaz-Canel a Cuba após uma estadia na Rússia levanta questionamentos sobre a relação entre os dois países, especialmente diante dos rumores de recrutamento de cubanos para participarem da guerra na Ucrânia ao lado do exército russo. A recente revitalização dos laços entre Cuba e Rússia desde o encontro entre Díaz-Canel e Putin em 2022 também amplia o interesse sobre o futuro dessa parceria.
O cenário geopolítico mundial segue em constante transformação, e eventos como a marcha em Havana evidenciam a complexidade das relações internacionais. Enquanto os cubanos e russos celebram a vitória do passado, o futuro guarda incertezas e desafios que requerem reflexão e posicionamento estratégico dos líderes mundiais. Nesse contexto, a marcha em Havana representa não apenas uma homenagem à história, mas também um lembrete das questões atuais que demandam atenção e diálogo.