Institutos de pesquisa tentam evitar subestimar eleitores de Trump para as eleições presidenciais dos Estados Unidos: o que mudou?

Nas próximas eleições presidenciais dos Estados Unidos, a pergunta que não quer calar é: em quem você votará em novembro? Com a surpreendente vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton em 2016 e a posterior derrota do republicano para Joe Biden em 2020, os institutos de pesquisa estão em alerta para não cometerem os mesmos erros do passado.

Um estudo da Associação Americana para a Pesquisa da Opinião Pública (AAPOR) revelou que houve erros de “magnitude incomum” nas pesquisas das últimas eleições, os piores em décadas. Don Levy, diretor do instituto de pesquisa da Universidade de Siena, afirmou que os apoiadores de Trump são mais relutantes em participar de pesquisas e, às vezes, até hostis, o que torna difícil obter dados precisos sobre suas intenções de voto.

A estratégia dos institutos de pesquisa para corrigir a sub-representação dos eleitores do candidato republicano inclui perguntas diretas sobre a intenção de voto “de entrada” e entrevistas por telefone baseadas em listas eleitorais. Celinda Lake, por sua vez, adota técnicas de modelagem estatística e utiliza uma abordagem mista que inclui Internet, mensagens de texto e ligações para celulares e telefones fixos.

Uma das preocupações dos pesquisadores é a captação dos eleitores em estados indecisos, que podem ser determinantes para o resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos. Biden e Trump não precisam vencer em todo o país, mas sim em estados-chave, e os institutos de pesquisa estão atentos a esses locais para evitar subestimar ou superestimar o voto dos eleitores.

Em um cenário político cada vez mais complexo e desafiador, os institutos de pesquisa buscam aprimorar suas metodologias e abordagens para garantir a precisão e confiabilidade das pesquisas eleitorais. A questão que fica é se esses esforços serão suficientes para prever com precisão o resultado das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos.

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