Ministério da Saúde remove barreiras de acesso a antivirais durante situação de calamidade no Rio Grande do Sul

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (10) uma importante medida que visa facilitar o acesso aos antivirais no estado do Rio Grande do Sul durante o período de calamidade pública. A decisão foi tomada para garantir que os pacientes que necessitam desses medicamentos não enfrentem dificuldades, mesmo estando fora do estado.

A nota divulgada pelo Ministério da Saúde estabelece que os pacientes poderão ter acesso ao tratamento com a apresentação de uma receita médica sem data de validade ou com validade vencida. Além disso, não será exigido que os pacientes façam exames de carga viral para terem acesso aos antivirais.

Essa medida vem em resposta aos relatos de moradores do estado que vivem com HIV, Aids e hepatite, que enfrentavam obstáculos para a retirada de seus medicamentos. O diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi), Draurio Barreira, ressaltou a importância de garantir o acesso contínuo aos tratamentos para evitar a piora na saúde dessas pessoas.

Além disso, o Ministério da Saúde orientou a substituição dos medicamentos lamivudina 150mg e dolutegravir 50mg pela dose fixa combinada de lamivudina 300mg + dolutegravir 50mg, independentemente da faixa etária e do uso de outros ARV concomitantes, na falta dos primeiros. O Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom) foi ajustado para atender a essa nova demanda.

Outras ações também foram tomadas, como o levantamento das perdas de medicamentos e insumos nos estoques dos serviços de saúde, bem como o envio antecipado de medicamentos para micoses para a região. A Coordenação-Geral de Vigilância de Tuberculose e Micoses Endêmicas (CGTM) está preparando um material com orientações sobre isolamento e critérios para prescrição de tratamento preventivo para tuberculose em abrigos.

Essas ações do Ministério da Saúde visam garantir o acesso contínuo e adequado aos medicamentos para as pessoas que vivem com HIV, Aids e hepatite no Rio Grande do Sul, mesmo diante da situação de calamidade enfrentada pelo estado. A saúde e o bem-estar desses pacientes são prioridades nesse momento delicado.

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