As investigações conduzidas pelo MPPE revelaram um esquema fraudulento envolvendo empresas e o uso de laranjas, além de ‘testas de ferro’, pessoas que se passam por outras para esconder atividades ilícitas. Também foi identificada a prática de lavagem de dinheiro para encobrir a sonegação fiscal. Os investigados, de acordo com as evidências colhidas, constituíram uma organização criminosa com o intuito de burlar o pagamento de impostos.
O nome da operação, Centopeia, faz referência aos diversos “pés” ou empresas vinculadas a essa organização criminosa. Além disso, a analogia com o animal venenoso destaca a maneira como os investigados contaminam o mercado com suas práticas ilegais.
Ao todo, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nos endereços das empresas e das residências dos investigados, determinados pela 3ª Vara Criminal de Caruaru. Segundo o coordenador do Grupo de Atuação Especializada de Combate às Organizações Criminosas do MPPE (Gaeco), promotor de Justiça Roberto Brayner, a busca visou principalmente localizar bens que foram ocultados através da lavagem de dinheiro, bem como apreender dispositivos eletrônicos que podem conter informações cruciais para as investigações em curso.
Segundo as investigações, as empresas envolvidas apresentam uma dívida tributária de R$ 40 milhões. Na operação de hoje, a justiça determinou o sequestro de mais de R$ 8 milhões de reais em bens dos investigados. A promotora de Justiça Maria Carolina Jucá, responsável pelo Núcleo Integrado de Combate à Sonegação Fiscal do Gaeco/MPPE, ressaltou a gravidade da sonegação fiscal, destacando os danos causados à sociedade como um todo.
A Operação Centopeia é mais um passo importante no combate à corrupção e aos crimes financeiros no estado de Pernambuco. Através do trabalho conjunto das autoridades, espera-se trazer à tona práticas ilegais e garantir que a justiça seja feita em relação aos responsáveis por essas ações criminosas.