Premiê de Israel desafia os EUA e promete combater o Hamas sozinho, se necessário, em guerra contra Rafah no sul de Gaza.

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, adotou um tom desafiador ontem ao criticar os EUA e afirmar que seu país está disposto a lutar sozinho na guerra contra o Hamas. Essa postura foi adotada em resposta à decisão do presidente americano, Joe Biden, de suspender o envio de armas para o Exército israelense, temendo as consequências de um ataque a Rafah, no sul de Gaza, onde mais de 1 milhão de palestinos estão refugiados.

Israel enfatizou que considera Rafah o último reduto do Hamas e reiterou a promessa de invadir a cidade, mesmo diante dos apelos de seus aliados. Netanyahu afirmou que, se precisar, Israel lutará sozinho e com todas as armas disponíveis.

O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, declarou que o país possui munição suficiente para lançar um ataque a Rafah sem depender da ajuda dos EUA. Ele enfatizou que as Forças Armadas têm os armamentos necessários para realizar as missões planejadas, incluindo a operação em Rafah.

Diante das críticas e ameaças de Biden, membros do gabinete do premiê israelense se dividiram entre lamentos e discordâncias. Alguns ministros adotaram uma postura mais radical, como Itamar Ben-Gvir, que provocou Netanyahu com um tweet insinuando o apoio do Hamas a Biden. Essa atitude foi condenada pelo presidente de Israel, Isaac Herzog, que a considerou irresponsável.

A suspensão do envio de armas pelos EUA e a reação de Netanyahu frente a essa decisão geraram tensões entre os dois países aliados. A medida de Biden foi vista como a mais séria controvérsia entre os governos americano e israelense desde a década de 1980. Essa situação gera preocupações quanto a um possível desastre militar e diplomático caso o afastamento entre Israel e os EUA se aprofunde.

Enquanto isso, Biden recebe críticas de diversos setores políticos nos EUA, tanto de republicanos quanto de democratas descontentes com a suspensão do envio de armamentos a Israel. A Casa Branca tenta esclarecer que a medida não tem o intuito de prejudicar Israel, mas sim de buscar uma solução pacífica para o conflito, sem que a invasão de Rafah seja a única alternativa.

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