Relatório dos EUA aponta uso “inconsistente” de armas americanas por Israel em Gaza, sem violação direta da lei internacional.

O relatório do Departamento de Estado dos EUA divulgado na última sexta-feira abriu discussões sobre o uso de armas americanas por Israel de forma inconsistente com a lei internacional. O documento enfatizou que é “razoável admitir” que isso ocorreu, sem, no entanto, determinar violações claras das regras humanitárias e de combate. Mesmo sendo uma crítica contundente à guerra em Gaza, o relatório não deve resultar em impactos imediatos.

O Memorial de Segurança Nacional nº 20 (MSN-20), estabelecido em fevereiro deste ano, é um destaque no documento, que exige que todos os países que utilizam equipamentos militares produzidos pelos EUA sigam as normas internacionais, especialmente em ambientes de conflito. Esta norma foi implementada em resposta às demandas da ala progressista do Partido Democrata, que critica o apoio quase incondicional dos EUA a Israel, apesar dos relatos de violência em Gaza.

O relatório também menciona a entrega de ajuda humanitária em Gaza, apontando dificuldades no processo e indicando que, embora sérias preocupações tenham sido levantadas em relação ao atraso na entrega, não há garantia de que Israel esteja deliberadamente impedindo ou restringindo a assistência.

Além disso, o documento gerou reações tanto nos EUA quanto em Israel. O governo de Joe Biden recebeu críticas por sua relação com Israel, enquanto autoridades israelenses acusaram os EUA de se alinharem com o Hamas. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a suspensão de envios de armas seria um erro e reiterou a necessidade de proteger seu país, inclusive derrotando o Hamas em Rafah.

Essa tensão entre os dois países levanta questões sobre o equilíbrio na política externa americana e a delicada questão do uso de armas americanas em conflitos internacionais. O futuro das relações EUA-Israel e os desdobramentos dessa situação ainda são incertos, mas as recentes ações e declarações indicam um ambiente de tensão e incerteza diplomática.

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