O despertar da identidade de gênero de Léo contou com o suporte da mãe, Lis Hachiya, que percebeu cedo os sinais de que seu filho se identificava como menino. Aos poucos, com o auxílio de uma psicóloga especializada em gênero e do coletivo Mães da Resistência, Léo se sentiu pronto para iniciar sua transição de gênero. A mãe relatou momentos difíceis, inclusive quando o filho revelou um plano para tirar a própria vida devido à pressão de fingir ser algo que não era.
Contudo, a prática esportiva veio como um alívio e uma válvula de escape para Léo. A introdução ao patins e ao skate foi apenas o início, mas o verdadeiro marco foi a formação de um time de futebol para crianças e adolescentes trans, iniciado por Léo e sua mãe, em parceria com integrantes do Sport Clube T Mosqueteiros. A Nossa Arena, complexo esportivo localizado na Barra Funda, abriu suas portas para essa iniciativa inclusiva, proporcionando um ambiente acolhedor e seguro para jovens transgêneros praticarem esportes.
Além disso, a mãe de Léo, juntamente com o filho, fundou o perfil “TransGente” no Instagram, que se transformou em um coletivo para divulgação de informações sobre a vivência de pessoas trans. A história de Léo reflete não apenas sua própria jornada de autodescoberta e aceitação, mas também o impacto positivo que o esporte e a inclusão podem ter na vida de indivíduos transgêneros.
O exemplo de Léo e sua mãe Lis demonstra o poder transformador do acolhimento e da prática esportiva em meio a processos tão delicados como o da transição de gênero. A inclusão, o respeito e a empatia são essenciais para a construção de uma sociedade mais igualitária e acolhedora para todos.
