Além desses casos, o estado de Mato Grosso do Sul também registrou episódios fatais envolvendo raios. Em Ladário, uma mulher de 41 anos foi eletrocutada enquanto pescava nas margens do Rio Paraguai, enquanto em Água Clara, um homem de 33 anos perdeu a vida ao mexer no celular conectado à tomada durante uma tempestade.
O Brasil é o país com maior incidência de raios no mundo, o que explica a frequência com que casos como esses são noticiados. Segundo dados do Elat, ligado ao Inpe, a média anual de descargas atmosféricas no Brasil ficou em 590 milhões de 2018 a 2022. Estados como Amazonas, Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul tiveram o maior número absoluto de ocorrências de raios nesse período.
Um estudo do Instituto Tecnológico Vale (ITV) produziu uma cartilha com informações sobre raios, incluindo perfil das vítimas, circunstâncias mais comuns das ocorrências e recomendações de prevenção de danos. No documento, é destacada a importância de adotar medidas de proteção, principalmente em atividades vulneráveis aos impactos dos raios, como agricultura, construção civil e prática de esportes em áreas abertas.
Os pesquisadores alertam que, com as mudanças climáticas em curso, as tempestades com descargas atmosféricas devem ficar mais intensas e frequentes. Prevenir acidentes relacionados a raios torna-se essencial diante desse cenário. Aumentar a conscientização e adotar procedimentos de segurança rigorosos são ações fundamentais para reduzir os riscos de ocorrências fatais relacionadas a raios.
