Resgate de animais em meio às enchentes do RS emociona o país e revela heroísmo dos voluntários na luta pela vida.

Socorristas voluntários estão desempenhando um papel essencial no resgate de pessoas isoladas no estado inundado do Rio Grande do Sul. No entanto, esses heróis anônimos enfrentam um desafio adicional: salvar os animais presos pelas águas.

Um dos casos mais comoventes foi o resgate do cavalo “Caramelo”, que passou dias sobre o telhado de uma construção alagada. As imagens desse resgate viralizaram nas redes sociais, tocando o coração de milhares de pessoas em todo o país.

Na região do antigo Gasômetro em Porto Alegre, um dos principais pontos de saída de barcos e desembarque de pessoas evacuadas foi estabelecido. Muitas dessas pessoas chegam com animais nos braços, enrolados em toalhas, alguns após dias na água e sem comida.

A maioria desses animais vem de Eldorado do Sul, uma cidade próxima que foi devastada pelo transbordamento do rio Guaíba. Esta tragédia já deixou mais de 130 mortos e mais de dois milhões de pessoas afetadas no estado.

Uma estrutura de tendas, que cresce a cada dia, foi montada para abrigar um “hospital de campanha” para receber os animais resgatados. Cães, gatos, coelhos, galinhas, porcos e cavalos chegam para serem submetidos a cuidados de saúde, alimentação e identificação, na tentativa de encontrar seus tutores.

Os voluntários, dedicados e incansáveis, recebem esses animais encharcados em um ritmo acelerado, envolvendo-os em mantas térmicas para mantê-los aquecidos. No “hospital de campanha”, cada voluntário é identificado por nome e função, participando ativamente do resgate e cuidado dos animais.

É importante ressaltar que a maioria dos resgatados são cachorros. Caso seus tutores não apareçam, voluntários se oferecem para levá-los a abrigos temporários e, se necessário, encaminhá-los para adoção responsável.

Os cavalos, por sua vez, são tratados por especialistas em equinos e transportados para instalações temporárias em universidades. Essa rede de solidariedade e cuidado com os animais é essencial em momentos de crise como este.

Em um abrigo improvisado, os animais resgatados recebem cuidados, alimentação e um pouco de conforto em meio à tragédia. Voluntários como Fernanda Ellwanger de Lima, de 42 anos, se dedicam incansavelmente para garantir o bem-estar desses animais e promover a conscientização sobre a importância de proteger a vida animal em meio a desastres naturais.

Essas histórias de resiliência e solidariedade nos mostram a importância de cuidar não apenas dos seres humanos, mas também dos nossos companheiros de quatro patas em momentos de crise. A dedicação desses socorristas voluntários é verdadeiramente inspiradora e merece todo o reconhecimento e apoio da sociedade.

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