Voluntária em meio à tragédia: a luta diária de Andressa Schafe em Santa Maria, no Rio Grande do Sul

Na última sexta-feira (10), a médica veterinária Andressa Schafe compartilhou com a Agência Brasil um pouco do seu cotidiano como voluntária em meio à tragédia climática que assola o estado do Rio Grande do Sul. Moradora de Santa Maria, Andressa dedica suas manhãs ao trabalho no ginásio que recebe doações para os desabrigados, mas mesmo com toda a coragem que a motiva, ela não consegue esconder a exaustão emocional que vem enfrentando.

No relato, Andressa revela momentos de desespero e frustração diante da falta de recursos para atender a todos que chegam em busca de ajuda. A falta de doações tem dificultado a montagem de cestas básicas suficientes, resultando em muitas pessoas desapontadas. Mesmo assim, ela segue firme na missão de tentar amenizar o sofrimento das pessoas afetadas pelos desastres naturais.

As doações de roupas vindas de diversas regiões do Brasil têm possibilitado aos voluntários montar kits completos para homens, mulheres e crianças afetadas pela tragédia. O trabalho em equipe e a solidariedade têm sido pilares fundamentais para enfrentar os desafios que surgem a cada dia.

Além do relato de Andressa, outras histórias de solidariedade e superação emergem em meio ao caos. Samara Buchmann, estudante de psicologia, compartilha sua experiência vivendo em meio às enchentes e destaca a mobilização dos órgãos de resgate e da população para ajudar os necessitados.

O psiquiatra Jorge Jaber ressalta a importância do cuidado com a saúde mental das pessoas afetadas por tragédias climáticas e o papel dos profissionais nesse contexto. Ele destaca a necessidade de um olhar atento para os sinais de sofrimento psicológico e ressalta a importância da solidariedade e união em momentos como esse.

Diante de todo esse cenário de dor e desolação, a população do Rio Grande do Sul enfrenta não só as consequências materiais, mas também os impactos na saúde mental. A reconstrução psicológica e emocional dessas pessoas será um desafio que demandará tempo e esforço colaborativo. A solidariedade e o apoio mútuo serão essenciais para superar os traumas e seguir em frente.

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