Bancos receberão R$ 8,3 bilhões para manter liquidez em municípios em calamidade no RS, decide CMN em reunião extraordinária.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu nesta segunda-feira (13) injetar R$ 8,3 bilhões nos bancos que possuem mais de 10% da carteira de crédito emprestada a municípios em calamidade pública no Rio Grande do Sul. A medida tem como objetivo manter a liquidez dessas instituições e garantir que a concessão de crédito não seja prejudicada devido aos impactos dos eventos climáticos no estado.

A liberação desses recursos será feita por meio da suspensão, por um ano, do compulsório da caderneta de poupança. Os compulsórios são recursos que os bancos são obrigados a deixar parados no Banco Central, e a suspensão temporária visa proporcionar mais capital de giro para as instituições bancárias em um momento de crise.

Além disso, o CMN aprovou outras medidas para mitigar os efeitos econômicos dos eventos climáticos no Rio Grande do Sul sobre o Sistema Financeiro Nacional. Entre as medidas estão a permissão para que as renegociações de operações de crédito afetadas pelas enchentes não sejam registradas como “ativos problemáticos”. A classificação de risco dessas operações será mantida no nível existente em 31 de março.

O Conselho também autorizou que as vistorias técnicas para o pagamento de indenizações aos produtores rurais pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) possam ser realizadas de forma remota, utilizando sensoriamento remoto e parâmetros da produtividade agropecuária dos municípios. Essa medida visa agilizar o processo de indenização aos produtores rurais afetados pelo desastre climático.

O Banco Central afirmou que continuará monitorando de perto o funcionamento da intermediação financeira no Rio Grande do Sul e poderá adotar medidas adicionais para manter o funcionamento eficiente e a solidez do sistema financeiro diante da situação de calamidade pública no estado.

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