Estado de emergência: Rio Grande do Sul enfrenta risco iminente com duas barragens em nível de ruptura, alerta Defesa Civil

Em meio ao caos provocado pelo desastre climático que assola o estado, o Rio Grande do Sul enfrenta a preocupante situação de ter duas barragens em estado de emergência, ou seja, com um iminente risco de ruptura, conforme as informações atualizadas pela Defesa Civil gaúcha na tarde de segunda-feira (13).

Segundo a escala utilizada pela Defesa Civil, o nível de emergência representa a situação mais crítica e demanda ações imediatas para preservar vidas. As barragens que se encontram nessa condição são a pequena central hidrelétrica de Salto Forqueta, localizada entre São José do Herval e Putinga, e a barragem Santa Lúcia, em Jaguari.

Além dessas duas, outras cinco barragens estão em estado de alerta, indicando que anomalias comprometem a segurança das estruturas. São elas: a usina hidroelétrica 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves; a UHE Dona Francisca, em Nova Palma; e as barragens Capané, em Cachoeira do Sul, São Miguel, em Bento Gonçalves, e Saturnino de Brito, em São Martinho da Serra.

Por sua vez, nove barragens seguem em nível de atenção, sem comprometimentos imediatos, mas requerem um monitoramento constante. Dentre elas estão a UHE Bugres – Barragem Divisa e do Blang, em Canela; a UHE Canastra, em Canela; a PCH Furnas do Segredo, em Jaguari; a Barragem do Saibro, em Viamão; a Barragem A – Assentamento PE Tupy, em Taquari; a Barragem Filhos de Sepé, em Viamão; a Barragem do Assentamento PE Belo Monte, em Eldorado do Sul; e a Barragem Lomba do Sabão, em Porto Alegre.

A situação das barragens está sob vigilância da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul. Vale ressaltar que o estado já chegou a ter até cinco barragens em estado de emergência, porém, esse número teve uma redução nos últimos dias.

As recentes chuvas intensas que atingiram diversos municípios gaúchos fizeram com que o nível de vários rios aumentasse. No entanto, nesta segunda-feira, as precipitações diminuíram. Ainda assim, os rios continuam recebendo um volume significativo de água.

Segundo a meteorologista Cátia Valente, da Sala de Situação do Rio Grande do Sul, entre sábado e domingo, a região metropolitana de Porto Alegre registrou entre 120 e 180 milímetros de chuva, enquanto na Serra os acumulados variaram entre 200 e 320 milímetros. O escoamento dessas águas para os rios pode resultar em novas e graves inundações em áreas como o Vale do Taquari e do Caí.

Desde o final de abril, quando as fortes chuvas começaram no estado, ao menos 147 pessoas perderam a vida devido aos eventos climáticos, 806 ficaram feridas e 127 permanecem desaparecidas. O número de desabrigados ultrapassa 80 mil e mais de 538.241 pessoas estão desalojadas. A situação segue tensa e requer ações rápidas e efetivas por parte das autoridades competentes.

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