União Europeia retira temporariamente venezuelanos de lista de sanções em gesto para fortalecer eleições presidenciais de 28 de julho.

A União Europeia (UE) tomou uma decisão importante nesta segunda-feira (13), ao retirar temporariamente quatro funcionários e ex-funcionários venezuelanos de sua lista de sanções como um gesto para fortalecer o processo em direção às eleições presidenciais que estão programadas para 28 de julho. Entre os beneficiados estão o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Elvis Amoroso, juntamente com outros três ex-membros dessa instituição: Xavier Moreno Reyes, Socorro Hernández e Leonardo Morales Poleo.

Segundo o porta-voz do serviço diplomático da UE, Peter Stano, esta decisão foi tomada para reconhecer os recentes avanços no processo eleitoral e demonstrar o compromisso e apoio ao bom andamento das eleições. A intenção por trás dessa medida é fortalecer os esforços venezuelanos para realizarem eleições presidenciais inclusivas e competitivas.

No entanto, as sanções a outros 50 funcionários foram mantidas por um período mais curto, até 10 de janeiro de 2025, data estabelecida constitucionalmente para a posse do presidente eleito. Isso gerou críticas por parte do governo venezuelano, que afirmou que todas as sanções deveriam ter sido suspensas.

O chanceler venezuelano, Yván Gil, rejeitou a decisão da UE, considerando-a enganosa e alegando que o Estado venezuelano não pode ser fragmentado. Elvis Amoroso, presidente do CNE, também expressou sua rejeição, afirmando que seria indigno aceitar apenas a suspensão de algumas sanções, quando o correto seria levantar todas elas.

A UE afirmou que continuará cooperando estreitamente com o CNE, visando o possível envio de uma missão de observação eleitoral para avaliar de forma independente e imparcial o processo eleitoral. O bloco enviou uma missão em 2021 para as últimas eleições no país, identificando melhorias no sistema de votação, mas também irregularidades.

Agora, o foco está nas eleições presidenciais de 28 de julho, onde Nicolás Maduro buscará um terceiro mandato de seis anos e enfrentará Edmundo González Urrutia, designado pela oposição majoritária. A União Europeia espera continuar apoiando o processo democrático na Venezuela e está comprometida com um diálogo inclusivo liderado pelo país sul-americano. Este é um momento crucial para a democracia na Venezuela, e a comunidade internacional estará atenta ao desenrolar desses acontecimentos.

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