Violência contra população LGBTQIA+ cresce 970% em São Paulo: estudo revela aumento alarmante de agressões físicas, psicológicas e sexuais no período de 2015 a 2023.

Um levantamento recente realizado pelo Instituto Pólis revelou um aumento significativo nas notificações de violência contra a comunidade LGBTQIA+ nos serviços de saúde da cidade de São Paulo nos últimos anos. Segundo os dados divulgados, houve um aumento de 970% nas notificações entre os anos de 2015 e 2023, totalizando 2.298 casos registrados nesse período.

Os dados apontam que cerca de 45% dessas ocorrências foram classificadas como violências físicas, enquanto 29% foram relacionadas a violências psicológicas e 10% a violências sexuais. Alarmantemente, quase metade (49%) dos casos ocorreram dentro das próprias residências das vítimas.

O estudo também revelou que a maioria das agressões ocorreu em bairros periféricos da cidade, como Itaim Paulista, Cidade Tiradentes e Jardim Ângela. Surpreendentemente, seis em cada dez vítimas de violência LGBTfóbica foram agredidas por familiares ou pessoas conhecidas, ressaltando a necessidade de ampliar a conscientização e educação sobre a diversidade entre os círculos mais próximos das vítimas.

O diretor-executivo do Instituto Pólis, Rodrigo Iacovini, destacou em entrevista que o aumento nas notificações pode ser resultado não apenas de uma maior conscientização e empoderamento da comunidade LGBTQIA+, mas também do crescimento de discursos políticos de extrema-direita que alimentam a LGBTfobia na sociedade.

O estudo também apontou que a maioria das vítimas de violência LGBTfóbica são negras (55%) e jovens, com até 29 anos (69%). Iacovini ressaltou a importância de tornar os espaços públicos mais seguros, capacitar os profissionais de segurança pública e promover campanhas educativas para combater a LGBTfobia.

O levantamento completo será divulgado no Dia Mundial de Combate à LGBTFobia, em 17 de maio, e destaca a necessidade de ações concretas para combater a violência e intolerância contra a população LGBTQIA+. É fundamental que medidas sejam tomadas para garantir a segurança e o respeito a todos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

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