Os dados apontam que cerca de 45% dessas ocorrências foram classificadas como violências físicas, enquanto 29% foram relacionadas a violências psicológicas e 10% a violências sexuais. Alarmantemente, quase metade (49%) dos casos ocorreram dentro das próprias residências das vítimas.
O estudo também revelou que a maioria das agressões ocorreu em bairros periféricos da cidade, como Itaim Paulista, Cidade Tiradentes e Jardim Ângela. Surpreendentemente, seis em cada dez vítimas de violência LGBTfóbica foram agredidas por familiares ou pessoas conhecidas, ressaltando a necessidade de ampliar a conscientização e educação sobre a diversidade entre os círculos mais próximos das vítimas.
O diretor-executivo do Instituto Pólis, Rodrigo Iacovini, destacou em entrevista que o aumento nas notificações pode ser resultado não apenas de uma maior conscientização e empoderamento da comunidade LGBTQIA+, mas também do crescimento de discursos políticos de extrema-direita que alimentam a LGBTfobia na sociedade.
O estudo também apontou que a maioria das vítimas de violência LGBTfóbica são negras (55%) e jovens, com até 29 anos (69%). Iacovini ressaltou a importância de tornar os espaços públicos mais seguros, capacitar os profissionais de segurança pública e promover campanhas educativas para combater a LGBTfobia.
O levantamento completo será divulgado no Dia Mundial de Combate à LGBTFobia, em 17 de maio, e destaca a necessidade de ações concretas para combater a violência e intolerância contra a população LGBTQIA+. É fundamental que medidas sejam tomadas para garantir a segurança e o respeito a todos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.