Durante a sessão, Eliziane Gama expressou sua preocupação em relação ao que chamou de “estatuto da jogatina” e alertou para os possíveis impactos negativos que a ampliação da legalização dos jogos de azar poderia trazer para a sociedade. A senadora fez referência a estatísticas dos Estados Unidos que apontam consequências desfavoráveis para a segurança pública, a saúde mental e a previdência social em regiões onde os cassinos foram autorizados.
Outros senadores também se posicionaram contrários à legalização dos jogos de azar. Zenaide Maia (PSD-RN) ressaltou sua oposição a vícios de qualquer natureza e afirmou que a arrecadação tributária proveniente das casas de jogos não justificaria as possíveis perdas das famílias. Para ela, dar um vício a um jovem pode ser extremamente prejudicial.
Eduardo Girão (Novo-CE), que apoiou a ampliação do debate para outras comissões, argumentou que o momento atual, especialmente com uma tragédia recente no Rio Grande do Sul, não seria adequado para discutir a legalização dos cassinos. Damares Alves (Republicanos-DF) e Leila Barros (PDT-DF) também defenderam um aprofundamento do debate para que os senadores eleitos em 2022 possam expressar suas opiniões.
O senador Cleitinho (Republicanos-MG) pediu consciência à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e manifestou seu voto contrário à matéria, enquanto Carlos Viana (Podemos-MG) alertou para os possíveis impactos financeiros negativos que a liberação de cassinos poderia trazer.
Diante de tantas opiniões divergentes, a votação do projeto segue em pauta para a próxima sessão do Senado, com posição ainda incerta por parte dos parlamentares. A discussão sobre a legalização dos jogos de azar promete continuar rendendo debates acalorados no cenário político brasileiro.
