Ativista tailandesa pela democracia morre após greve de fome enquanto aguardava julgamento por lesa-majestade, denunciam autoridades penitenciárias

Uma triste notícia abalou a Tailândia nesta semana, com a morte de Netiporn Sanae Sangkhom, uma ativista tailandesa de 28 anos que estava detida sob acusações de lesa-majestade. A jovem, que fazia parte do grupo de protesto Thaluwang e era conhecida como “Bung”, faleceu após uma greve de fome enquanto aguardava julgamento.

A agência responsável pelas detenções anunciou que Netiporn sofreu uma parada cardíaca na terça-feira e não respondeu aos tratamentos, vindo a falecer pacificamente às 11h22. Sua morte repercutiu não apenas na Tailândia, mas também mundialmente, chamando atenção para a situação dos ativistas que lutam pela democracia e enfrentam a repressão do governo.

Desde o surgimento do grupo Thaluwang em 2020, as manifestações pedindo reformas na monarquia tailandesa têm sido duramente reprimidas pelas autoridades. A lei de lesa-majestade, que prevê até quinze anos de prisão para quem difamar o rei ou a família real, tem sido utilizada como instrumento para calar a oposição.

Netiporn foi detida em janeiro por organizar uma pesquisa pública sobre a importância da comitiva real e iniciou uma greve de fome em protesto contra a injustiça e a prisão de ativistas políticos. Infelizmente, mesmo sendo transferida para um hospital, não resistiu.

Sua morte levantou preocupações sobre o estado dos direitos humanos na Tailândia e a repressão aos movimentos pró-democracia. Dois outros prisioneiros políticos tailandeses estão em greve de fome, destacando a gravidade da situação no país.

Ativistas e organizações de direitos humanos têm denunciado o uso abusivo da lei de lesa-majestade para silenciar a oposição e reprimir a liberdade de expressão. O caso de Netiporn é um exemplo trágico das consequências dessa repressão e da luta contínua pela democracia na Tailândia.

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