Inundações no Uruguai forçam mais de 3,3 mil pessoas a deixarem suas casas, alerta agência nacional de crises

Mais de 3,3 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas no Uruguai devido a inundações causadas por tempestades na região, conforme informou nesta terça-feira (14) a agência uruguaia de gestão de crises. O Sistema Nacional de Emergências (Sinae) lançou, há uma semana, balanços diários da situação e, até o momento, reportou um total de 3.352 deslocados em todo o território uruguaio.

A maior parte das pessoas afetadas encontra-se no litoral norte, às margens do rio Uruguai, na fronteira com a Argentina. O aumento no volume do rio Uruguai é atribuído às intensas chuvas registradas nos últimos dias no Sul do Brasil, local onde o rio tem sua nascente na Serra Geral. O departamento uruguaio mais afetado é o de Paysandú, com 1.569 deslocados, ocasionados pelo rio Uruguai que atingiu a marca de 7,94 metros, ultrapassando o nível de segurança de 7 metros.

O Sinae também chamou a atenção para os impactos das cheias na produção agropecuária, em especial nas plantações de soja, arroz, milho, cana, cítricos, trigo, cevada e colza. Além disso, apontou que a perda de animais, a escassez de alimentos para o gado e as dificuldades em transferir o rebanho são fatores agravantes diante da situação de emergência.

As inundações resultaram no bloqueio de quatro rodovias nacionais no Uruguai, o que intensifica ainda mais os problemas logísticos enfrentados pela população afetada. A situação requer ações ágeis e coordenadas para minimizar os danos e prover assistência às milhares de pessoas deslocadas de suas residências devido aos alagamentos.

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