Esses relógios conectam-se ao telefone da mulher em perigo e estabelecem uma conexão direta com o centro operacional da polícia de Roma. Equipados com um microfone e geolocalização, os relógios podem ser acionados manualmente pela vítima em caso de agressão, ou até mesmo automaticamente em determinadas situações, conforme comunicado divulgado pelas autoridades.
As mulheres identificadas como estando em perigo serão contatadas individualmente pela polícia, que fornecerá o dispositivo às interessadas mediante consentimento. Essa iniciativa surge em meio a um cenário de violência contra as mulheres na Itália, com dados oficiais apontando 92 homicídios registrados no país somente nos primeiros meses do ano, dos quais 28 vítimas eram mulheres.
A análise desses números revela que a maioria das vítimas femininas foi morta em contextos familiares ou afetivos, com 15 delas tendo sido assassinadas por seus parceiros ou ex-companheiros. Embora os índices de homicídios tenham apresentado uma diminuição em comparação ao mesmo período do ano anterior, é crucial que medidas de proteção como essa sejam implementadas para proteger as mulheres em situações vulneráveis.
Portanto, a parceria entre o Ministério Público de Roma e a polícia local para disponibilizar relógios conectados representa um passo importante na busca por mecanismos de prevenção e segurança para as mulheres ameaçadas de violência na Itália.
