Presidente do Peru promete governar até 2026, apesar dos escândalos de corrupção que abalam seu frágil governo

A presidente do Peru, Dina Boluarte, em meio a controvérsias e escândalos de corrupção que abalam sua gestão, declarou nesta terça-feira que seguirá governando até o final de seu mandato, em 2026. Durante um evento em El Callao, a mandatária afirmou que irá respeitar a escolha do povo peruano, que a elegeu como chefe de estado.

Entretanto, pesam sobre Boluarte diversas acusações, como no caso do “Rolexgate”, em que ela é investigada por não declarar relógios de luxo como parte de seus bens. Além disso, a repressão violenta das manifestações que ocorreram após sua posse, com múltiplas mortes, tem gerado questionamentos e críticas à sua gestão.

A presidente também está envolvida em um escândalo que culminou na detenção de seu irmão, Nicanor Boluarte, sob suspeita de liderar uma rede de corrupção. Diante disso, partidos de oposição já manifestaram a intenção de solicitar sua destituição, mas precisam reunir um número significativo de assinaturas para que o pedido seja aceito pelo Congresso.

Com sua ascensão ao poder em meio à crise política que culminou na destituição e prisão de Pedro Castillo, Boluarte se tornou a sexta presidente do Peru envolvida em escândalos de corrupção no século. A situação política no país é instável, com constantes mudanças de liderança e problemas estruturais que impactam o desenvolvimento da nação.

Caso o Ministério Público decida formalizar acusações contra Boluarte, o julgamento só ocorrerá ao final de seu mandato, de acordo com a Constituição. Enquanto isso, ela enfrenta pressões políticas e populares, colocando em xeque a estabilidade de seu governo e a capacidade de conduzir o Peru durante os próximos anos.

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