Além disso, o ministro mencionou que o tribunal está trabalhando no desenvolvimento de uma ferramenta que poderá localizar precedentes, e expressou sua crença de que, em um futuro próximo, computadores poderão ser capazes de redigir sentenças. Ele ressaltou a necessidade de adotar a IA no sistema de justiça brasileiro, considerando a imensa quantidade de processos recebidos anualmente pelo Supremo.
Barroso participou do encontro do J20, que reuniu presidentes e representantes de supremas cortes dos países integrantes do G20, no Rio de Janeiro. Ele ressaltou a capacidade da IA de processar grandes volumes de informações com rapidez, mas alertou para os riscos e a necessidade de supervisão humana para garantir decisões justas e imparciais.
O ministro enfatizou que a inteligência artificial pode reproduzir preconceitos existentes na sociedade, pois é alimentada por seres humanos, o que requer uma discussão sobre a regulamentação da IA para proteger direitos fundamentais e a democracia. Barroso também destacou a importância da supervisão humana, uma vez que a IA ainda não é capaz de discernir entre o certo e o errado ou de ter bom senso.
As reuniões do J20 aconteceram no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e foram encerradas nesta terça-feira. O debate sobre o uso da inteligência artificial no sistema judiciário continuará sendo tema de discussões e reflexões no Brasil e em diversos países ao redor do mundo.