Reunião entre governo federal e Andes discute greve de professores em 52 instituições de ensino superior federais

O governo federal convocou uma reunião com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) para discutir a greve dos professores em 52 universidades e colégios federais. A paralisação já completou um mês nas 18 instituições que foram as primeiras a aderir ao movimento.

Além disso, há uma reunião agendada para o dia 21 de maio com os técnicos-administrativos das instituições de ensino superior públicas do Brasil, representados pela Fasubra. Mais de 50 universidades e colégios federais estão com suas equipes de técnicos-administrativos em greve.

A proposta apresentada pelo governo em 19 de abril foi de um reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026 para ambas as categorias. No entanto, a reivindicação dos técnicos-administrativos é de um aumento de 37% em três anos, enquanto os professores buscam um reajuste de 22%, com aumentos já em 2024.

Após os sindicatos negarem a proposta de reajuste do governo no dia 26 de abril, espera-se que uma nova proposta mais próxima às reivindicações de professores e técnicos-administrativos seja apresentada.

Recentemente, o Ministério da Educação anunciou uma reunião entre o ministro Camilo Santana e a ministra Esther Dweck para discutir as carreiras dos servidores da Educação. A expectativa é que uma nova proposta seja elaborada para valorizar os servidores da área e avançar nas negociações.

Os técnicos-administrativos são apontados como a maior categoria do funcionalismo público, que recebe os menores salários. Com cinco níveis salariais, a categoria varia de funções como porteiro e auxiliar de serviços gerais até cargos de psicólogos, assistentes sociais, biólogos e administradores, com remuneração base entre R$ 1,5 mil e R$ 4,3 mil. A maior parte dos técnicos está concentrada nos níveis D e E, com salários base de R$ 2,3 mil.

Diante desse cenário de greves e negociações, resta aguardar os desdobramentos das reuniões entre o governo e os sindicatos para que um acordo seja alcançado em benefício dos professores e técnicos-administrativos das instituições de ensino superior públicas do Brasil.

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