Senador Eduardo Girão expressa preocupação com votação de projeto que legaliza jogos de azar em meio a calamidade no RS

Em uma sessão realizada nesta terça-feira (14), o senador Eduardo Girão, representante do Novo-CE, expressou sua preocupação com a proposta de legalização de cassinos, bingos e do jogo do bicho, bem como a permissão de apostas em corridas de cavalos, por meio do Projeto de Lei 2.234/2022. O projeto visa autorizar a abertura de cassinos em polos turísticos e complexos de entretenimento, como hotéis de luxo com infraestrutura completa para hospedagem, alimentação e eventos culturais. Tal matéria encontra-se na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para ser discutida amanhã (15).

Durante sua fala, Girão demonstrou sua indignação com a possibilidade de legalização de atividades de jogos de azar em um momento de crise decorrente das fortes chuvas que assolam o estado do Rio Grande do Sul. Para o senador, a liberação de cassinos e bingos representa não apenas um problema financeiro, mas também um risco de lavagem de dinheiro e corrupção, afetando as famílias brasileiras.

O parlamentar relembrou a longa trajetória do debate sobre jogos de azar no Congresso Nacional, que se arrasta desde 1991 com o Projeto de Lei 442. Ele destacou a resistência da população brasileira em relação a essa prática, devido aos impactos negativos que ela pode causar, como o vício, endividamento, desestruturação familiar e aumento da criminalidade.

Girão enfatizou que a legalização dos jogos de azar não contribuiria para a geração de empregos, renda ou para o setor turístico, contrariando argumentos favoráveis à proposta. Ele alertou para os riscos de agravamento da situação caso a legislação seja aprovada, destacando as consequências danosas que essa medida poderia trazer para a sociedade brasileira.

Por fim, o senador fez um apelo ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre, para que o assunto seja retirado da pauta de discussões, reforçando a importância de proteger os interesses e o bem-estar da população diante de iniciativas controversas como a legalização dos jogos de azar, especialmente em um momento de crise como a vivenciada no Rio Grande do Sul.

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