O estudo envolveu 108 crianças de sete anos, que assistiram a vídeos de fantoches compartilhando fofocas positivas, neutras e negativas. Os resultados mostraram que as crianças reagem de maneira diferente diante das fofocas dependendo do seu conteúdo. Fofocas negativas, como roubo de brinquedos ou agressão, influenciaram diretamente as decisões das crianças quanto à distribuição de recompensas em adesivos.
Curiosamente, foi notado que uma única fonte de fofoca positiva não era suficiente para influenciar as crianças, que precisavam ouvir a informação de mais de uma pessoa para considerá-la relevante. Por outro lado, uma única fofoca negativa já era o bastante para gerar uma mudança de comportamento nas crianças.
Os pesquisadores destacaram a importância da fofoca no processo de formação das relações sociais das crianças, indicando que elas utilizam as informações obtidas através das fofocas para decidir quem é bom ou mau no grupo social. No entanto, ressaltaram a necessidade de cautela ao confiar nessas informações, uma vez que as fofocas podem ser manipuladas e tendenciosas.
Além disso, um estudo realizado na Universidade Normal de Pequim revelou que as mulheres que fofocam sobre outros, principalmente em assuntos relacionados ao amor, são motivadas pelo ciúme e pela baixa autoestima. Já os homens, segundo uma pesquisa da Universidade Ariel, em Israel, também têm o hábito de fofocar, sendo mais propensos a espalhar notícias negativas sobre seus colegas de trabalho.
Assim, a fofoca se mostra como um fenômeno presente não apenas entre os adultos, mas também entre as crianças, influenciando diretamente nas relações sociais e nas percepções que indivíduos têm uns dos outros. Por isso, é importante compreender o impacto e o poder das fofocas no ambiente social.
