Distúrbios na Nova Caledônia causam duas mortes e centenas de feridos em meio a protestos contra reforma eleitoral.

Na Nova Caledônia, um território ultramarino francês, o clima político esquentou nos últimos dias devido a protestos contra uma reforma do censo eleitoral. Os manifestantes independentistas mostraram sua insatisfação, o que resultou em duas mortes e centenas de feridos, incluindo policiais e agentes das forças de segurança.

Os distúrbios tiveram início na segunda-feira, quando a Assembleia Nacional francesa começou a debater a reforma do censo eleitoral, aprovada na madrugada de quarta-feira. O Senado já havia dado o sinal verde para a mudança, que pretende ampliar o número de eleitores aptos a participar das eleições provinciais no arquipélago de 270.000 habitantes.

Atualmente, somente os eleitores registrados em 1998 e seus descendentes têm direito a votar nas eleições provinciais. Os independentistas locais alegam que a ampliação do censo eleitoral pode prejudicar o povo Kanak, que detém poderes nas instituições provinciais transferidos por Paris. A tensão se agravou com os confrontos e atos de violência registrados nos últimos dias.

Diante dos protestos, as autoridades locais decretaram toque de recolher, proibiram reuniões públicas e fecharam escolas e o principal aeroporto da região. A situação se agravou com incêndios e saques de estabelecimentos comerciais e públicos, incluindo escolas.

O Alto Comissário, representante do Estado francês na Nova Caledônia, anunciou um balanço de 140 detenções na cidade de Noumea. O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu calma e condenou os distúrbios. Macron anunciou que convocará uma sessão legislativa para discutir a reforma constitucional antes do final de junho.

No entanto, as tensões continuam altas na Nova Caledônia, com os manifestantes independentistas demonstrando determinação em protestar contra a reforma do censo eleitoral. A situação é considerada delicada e requer medidas para acalmar os ânimos e evitar novos episódios de violência.

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