Editor-chefe do Wikileaks denuncia corrupção nos processos judiciais britânicos de extradição de Julian Assange para os EUA

O editor-chefe do renomado site Wikileaks, Kristinn Hrafnsson, fez declarações contundentes nesta quarta-feira (15) relacionadas aos processos judiciais britânicos envolvendo a extradição de Julian Assange, fundador da plataforma. Hrafnsson classificou os processos de “corruptos” e “manipulados”, lançando uma luz sobre o caso antes de uma audiência crucial na próxima segunda-feira.

Em uma coletiva de imprensa realizada em Londres, o editor-chefe afirmou que é evidente que os processos nos tribunais do Reino Unido estão direcionados contra Assange. Ele destacou que esse viés judicial representa corrupção institucional em nível judicial e que Assange é, sem dúvidas, um prisioneiro político. Hrafnsson enfatizou que essas duras palavras, normalmente destinadas a tribunais de países não europeus, são aplicáveis ao caso de Julian Assange.

A Justiça britânica terá uma decisão crucial a tomar na próxima segunda-feira, quando avaliará se os Estados Unidos ofereceram garantias suficientes para a extradição de Assange. Caso considere as garantias insatisfatórias, Julian Assange terá a opção de recorrer ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos ou buscar uma última apelação no Reino Unido.

Assange, de 52 anos, enfrenta nos Estados Unidos uma sentença de 175 anos de prisão por ter divulgado mais de 700.000 documentos confidenciais desde 2010. Uma das questões centrais do caso é se ele estaria protegido pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garante liberdade de expressão.

A esposa de Assange, Stella Assange, expressou extrema preocupação com a saúde mental do fundador do Wikileaks e destacou que sua sobrevivência está em jogo diante do risco de suicídio. Ela espera que Julian esteja presente na audiência, que pode definir seu futuro nas próximas semanas.

Em meio a essas reviravoltas judiciais, o caso de extradição de Julian Assange continua despertando debate e atraindo atenção internacional para questões de liberdade de expressão e direitos humanos. A batalha legal em torno do fundador do Wikileaks promete continuar acirrada e com desdobramentos imprevisíveis.

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