O secretário de Estado americano, Antony Blinken, transmitiu ao Congresso um relatório afirmando que quatro países – Irã, Coreia do Norte, Síria e Venezuela – não cooperam plenamente com a luta antiterrorista.
De acordo com o Departamento de Estado, Cuba foi incluída na lista devido à sua recusa em extraditar militantes do Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia. No entanto, desde então, o presidente de esquerda da Colômbia, Gustavo Petro, suspendeu os mandados de prisão contra esses guerrilheiros.
Em 2023, os Estados Unidos e Cuba retomaram a cooperação em matéria de aplicação da lei, incluindo a luta contra o terrorismo. Isso levou o governo de Joe Biden a concluir que não é mais apropriado incluir Cuba entre os países que não cooperam plenamente.
Como era de se esperar, o governo cubano reagiu rapidamente. O chanceler Bruno Rodríguez afirmou nas redes sociais que os Estados Unidos acabaram de admitir que Cuba colabora plenamente com os esforços contra o terrorismo. Ele pediu que os EUA encerrem a manipulação política em relação a essa questão, e que cessem a inclusão arbitrária e injusta de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo.
A relação entre os Estados Unidos e Cuba é tensa, com um embargo que já dura mais de seis décadas. Mesmo com a mudança de governo de Trump para Biden, a postura em relação a Cuba continua rígida. Biden prometeu que não retiraria Cuba da lista de Estados patrocinadores, da qual também fazem parte Irã, Coreia do Norte e Síria.
Portanto, a situação entre os dois países permanece complicada, com implicações políticas e econômicas para ambas as partes.