Netanyahu pressiona Egito para reabrir passagem de Rafah e acusa Cairo de manter Gaza como “refém” da ajuda humanitária

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez pressão sobre o Egito nesta quarta-feira (15) para que reabra a passagem fronteiriça de Rafah. Em suas declarações, Netanyahu sugeriu que o Cairo está mantendo a população de Gaza como “refém” ao não colaborar com Israel na entrada crucial de ajuda.

Essa cobrança de Netanyahu surge um dia após o Egito acusar Israel de negar sua responsabilidade pela crise humanitária que assola Gaza. A passagem de Rafah, que é a principal porta de entrada de mercadorias e pessoas em Gaza e faz fronteira com o Egito, está fechada desde que Israel tomou o recinto do movimento islamista palestino Hamas em 7 de maio.

Com mais de um milhão de palestinos deslocados devido ao conflito entre Israel e Hamas que começou em 7 de outubro de 2023, a cidade de Gaza tem sido procurada como refúgio por muitos.

Em uma entrevista à CNBC, Netanyahu enfatizou o apoio de Israel aos fluxos máximos de ajuda humanitária através da passagem de Rafah e expressou o desejo de vê-la aberta. Ele também declarou que Israel não está atrasando a reabertura da passagem e que espera chegar a um entendimento com o Egito.

Por outro lado, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, afirmou que o controle israelense da passagem coloca em risco os trabalhadores humanitários e caminhoneiros, expondo-os a perigos iminentes. Shoukry ainda acusou Israel de ser o único responsável pela catástrofe humanitária em Gaza, onde há um alerta das Nações Unidas sobre o risco de uma crise de fome generalizada.

As tensões entre Israel e Egito continuam altas, com ambos os lados atribuindo a responsabilidade pelo impasse na passagem de Rafah. Novos desdobramentos são aguardados para resolver esse problema que afeta diretamente a população de Gaza.

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