Em uma sessão parlamentar na terça-feira, Rodríguez comentou sobre a atitude da União Europeia de retirar parcialmente as sanções, afirmando que a presença de uma missão eleitoral europeia torna-se impossível devido à postura “racista, arrogante, rude e insultuosa” do bloco.
A suspensão temporária das sanções contra o chefe da autoridade eleitoral da Venezuela, Elvis Amoroso, e outros ex-funcionários do órgão foi vista como um gesto para incentivar eleições livres e justas no país. No entanto, o governo chavista recebeu a medida de forma negativa, apontando como uma tentativa enganosa da União Europeia.
A oposição venezuelana tem solicitado a observação eleitoral como parte fundamental para garantir eleições competitivas, em meio a preocupações de que o regime chavista esteja sufocando candidatos não-alinhados. A esperança da oposição agora está com o ex-diplomata Edmundo González, já que outras figuras importantes foram impedidas de concorrer.
Em março, Caracas enviou convites a organismos internacionais, incluindo a UE, para atuarem como observadores nas eleições de julho. Comissões exploratórias já viajaram ao país para avaliar as condições necessárias para instalar as missões de observação eleitoral.
Apesar do levantamento parcial das sanções, cerca de 50 funcionários do governo venezuelano ainda estão sob sanções da União Europeia, o que demonstra a tensão entre os dois lados. A medida recente do bloco europeu, aparentemente para sinalizar apoio às eleições livres, acabou sendo mal interpretada pelo governo chavista.