O projeto determina a promoção de campanhas permanentes de conscientização sobre a automedicação por parte dos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os níveis de governo. Especial atenção será dada à ingestão de antibióticos e medicamentos sujeitos a controle especial, visando alertar a população sobre os riscos associados à prática.
De acordo com dados do Conselho Federal de Farmácia (CFF), 77% dos entrevistados admitiram se automedicar, o que evidencia a necessidade de ações educativas nesse sentido. Além disso, o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) registrou 20 mil casos de intoxicação por medicamentos no Brasil em 2017, reforçando a gravidade do problema.
A relatora do projeto, senadora Damares Alves, ressaltou a falta de compreensão dos medicamentos pela população leiga, o que pode resultar em consequências graves como o adiamento do tratamento adequado para doenças mais sérias. A automedicação, segundo a senadora, pode mascarar sintomas de doenças subjacentes, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento correto.
A senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que também é médica, destacou a importância de dar visibilidade ao problema e alertou que a automedicação pode mascarar doenças graves, adiando o diagnóstico e o tratamento adequado.
Diante dessas informações, a aprovação do projeto pela CAS é um passo importante na luta contra a automedicação no país. A conscientização da população sobre os riscos e consequências dessa prática é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar de todos os brasileiros.
