A primeira detecção do Mayaro no Brasil ocorreu em 1955, em vilarejos próximos à cidade de Belém, no Pará, às margens do rio Guamá. Desde então, o vírus tem sido objeto de estudo e monitoramento por parte das autoridades de saúde.
Recentemente, um estudo realizado em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e outras instituições internacionais identificou a presença do vírus em 3,4% das amostras de soro analisadas de pacientes com sintomas febris em Roraima. Essa descoberta levou à suspeita de que o Mayaro pode estar circulando não apenas em áreas rurais e florestais, mas também em áreas urbanas do estado.
Segundo a pesquisadora responsável pelos achados, Julia Forato, alguns dos pacientes infectados não haviam tido contato com áreas de mata, o que sugere a possível transmissão do vírus em ambientes urbanos. A presença do vírus foi detectada em diversas regiões de Roraima, indicando uma disseminação ampla da doença.
O Mayaro é transmitido pelo mosquito silvestre Haemagogus janthinomys, que também é um vetor da febre amarela. Os seres humanos são considerados hospedeiros acidentais do vírus, que tem como hospedeiros principais os primatas. Os sintomas da febre Mayaro incluem febre alta, dores de cabeça e musculares, inchaço nas articulações, entre outros.
Diante dessa descoberta, é fundamental que as autoridades de saúde estejam atentas à disseminação do Mayaro e adotem medidas de prevenção e controle para evitar a propagação da doença. A conscientização da população sobre os sintomas e formas de transmissão do vírus também é essencial para combater a febre Mayaro.
