O Departamento de Justiça comunicou aos presidentes de dois comitês da Câmara que Biden usará seu privilégio presidencial e manterá a gravação em segredo. O promotor especial Robert Hur tem interrogado extensivamente o presidente no âmbito da investigação sobre a retenção de registros confidenciais por Biden.
Apesar de um relatório de 350 páginas divulgado em fevereiro ter concluído que não havia necessidade de acusações criminais contra Biden, a polêmica ainda persiste. Hur descreveu Biden como “idoso bem-intencionado de memória fraca”, uma afirmação que os republicanos têm usado para questionar a capacidade do presidente, que enfrentará novamente o ex-presidente Donald Trump na eleição de novembro.
Os deputados republicanos pediram acesso aos áudios das conversas entre Hur e Biden, mas o conselheiro da Casa Branca, Edward Siskel, justificou que o presidente alegou “privilégio executivo” sobre as gravações para proteger a integridade, eficácia e independência do Departamento de Justiça e suas investigações de aplicação da lei.
A controvérsia em torno desse pedido dos legisladores republicanos ressalta a tensão política existente nos Estados Unidos. Enquanto Biden busca preservar sua imagem e proteger a investigação em curso, seus opositores continuam questionando sua condição e idoneidade. O desfecho desse impasse certamente terá repercussões importantes no cenário político norte-americano.